Tal como ocorre com os sistemas de injeção eletrônica, os tipos de aditivos para radiador evoluem de acordo com as tecnologias adotadas pelos fabricantes. A cada ano surgem novas opções para atender às demandas dos consumidores.
Para mapear os tipos de aditivos para radiador, os cuidados necessários na reposição e as diferenças entre aditivos e outros produtos, preparamos este post. Aqui, você também verá um passo a passo para realizar a troca do fluido. Boa leitura!
OS 3 TIPOS DE ADITIVOS PARA RADIADOR E AS ESPECIFICIDADES DE CADA UM
O mercado de aditivos para radiadores tem três produtos principais.
ORGÂNICO
Em primeiro lugar, podemos destacar a opção orgânica. Como o próprio nome indica, esse modelo é biodegradável e não oferece risco significativo de poluição ao meio ambiente.
Além disso, esse aditivo conta com uma durabilidade maior que o aditivo inorgânico — que é facilmente encontrada no mercado.
SINTÉTICO
Também conhecido como inorgânico, esse aditivo é produzido a partir de substâncias de matéria não orgânica e não biodegradáveis.
Os aditivos sintéticos precisam ser descartados em locais apropriados, pois a composição deles conta com substâncias como fosfatos e silicatos, que se degradam ao longo do tempo e reduzem a eficácia e vida útil do produto.
COMPOSTO POR ETILENOGLICOL
O terceiro tipo é o aditivo composto por etilenoglicol, um produto mais tóxico que as opções anteriores. Não se deve misturar os diferentes modelos, já que isso compromete negativamente o sistema do carro, influenciando diretamente na vida útil do motor e na própria eficiência do produto.
Caso você tenha começado a usar um aditivo orgânico, por exemplo, busque realizar a troca pela mesma opção. Outra dica interessante é consultar o manual do proprietário para não errar na escolha, já que é possível encontrar veículos que sejam mais sensíveis à utilização desregrada de diferentes modelos.
Também não é recomendado misturar aditivos que sejam de coloração diferente.
Esses três aditivos que mencionamos podem apresentar diferenças em relação a propriedades como composição e durabilidade. No mercado, encontramos opções concentradas e itens prontos para uso.
As opções concentradas contam com o aditivo, e somente ele, em sua forma bruta. Esse produto precisa ser diluído antes de ser colocado no radiador. A proporção da diluição varia entre marcas e veículos. Não deixe de solicitar o manual do veículo ao cliente, para seguir as recomendações expressas ali.
Você também pode encontrar o aditivo pronto para uso, já vendido diluído — isto é, pode ser colocado diretamente no reservatório.
OS RISCOS DE USAR ÁGUA FILTRADA NO RADIADOR
É importante notar que o mecânico deve checar a água do Sistema de arrefecimento. Caso a agua esteja sem a presenca de aditivo ou com coloração enferrujada, é necessário limpar o radiador até que a agua que saia do Sistema esteja limpa.
Além disso, não é nem um pouco recomendável colocar água da torneira (ainda que filtrada) no radiador.
Só deve ser utilizada a água desmineralizada ou acrescida dos aditivos indicados. A opção desmineralizada pode ser encontrada até mesmo em postos de combustível, mas o mecânico deve desencorajar que o próprio motorista faça a reposição, a agua desmineralizada, tem concetração de PH neutro.
É preciso respeitar uma proporção de 60% de água e 40% de aditivos. É importante notar que essa divisão só deve ser feita quando há a utilização de aditivo, e não de fluido (que dispensa essa mistura com água).
Muitos proprietários de veículos colocam água da torneira no radiador, mas os mecânicos devem conscientizá-los sobre o comprometimento da vida útil do veículo.
AS DIFERENÇAS ENTRE ADITIVOS E FLUIDOS
Os dois produtos têm o mesmo propósito: controlar a temperatura do motor e protegê-lo contra a ferrugem e a corrosão. A principal diferença é que o aditivo deve ser misturado à água, além de conter monoetilenoglicol (MEG) e inibidores de corrosão na composição.
O aditivo também precisa atender a diversas exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). O fluido de radiador, como mencionamos, não precisa ser misturado à água, uma vez que já é vendido pronto para uso. Esse produto também conta com especificações próprias em relação à ABNT.
AS DICAS PARA TROCAR O FLUIDO DO RADIADOR
Em primeiro lugar, é preciso verificar se o radiador precisa apenas de um preenchimento do líquido que já está lá ou se é necessário fazer a substituição completa. O segundo caso é o mais recomendável, já que o fluido presente no radiador pode estar comprometido.
Para trocar o fluido de maneira responsável e dinâmica, o mecânico pode seguir alguns passos:
- desligue o carro e espere 10 minutos — período necessário para o esfriamento do motor;
- abra o sistema de arrefecimento e escoa o líquido contido ali — esse processo pode ser feito manualmente ou com a ajuda de aparelhos próprios para isso;
- em seguida, abra o respiro do sistema para não deixar que bolhas de ar se formem nas mangueiras e no próprio radiador;
- coloque o novo fluido na proporção correta — caso você utilize o aditivo, respeite a proporção correta de água especificada no manual do proprietário;
- verifique se o líquido está saindo pelo respiro — esse é um sinal de que não há bolhas de ar naquele sistema;
- após a troca, cheque a pressurização do sistema e a estanqueidade (possíveis vazamentos).
Todo o processo de troca leva cerca de 15 minutos para ser realizado. Além disso, não deixe de verificar a condição geral das mangueiras, da válvula termostática e da ventoinha.
OS PRINCIPAIS ERROS NA TROCA DE FLUIDO DO RADIADOR
Um erro comum, cometido por mecânicos desatentos, é seguir a intuição e ignorar as informações encontradas no manual do proprietário. Além disso, muitos carros exigem uma proporção diferente de água desmineralizada e aditivo — que pode ser 50/50, mas também 40/60.
Como mencionamos anteriormente, nunca utilize água da torneira. Ela é mineralizada e contém outros materiais, como o cloro, que são letais para o motor e para as mangueiras do sistema
Além disso, pesquise produtos “pré-diluídos”, que dispensam a diluição do aditivo em água. Por fim, veículos elétricos demandam um controle rigoroso da temperatura, então, sempre tenha em mente a autonomia do carro elétrico.
A IMPORTÂNCIA DE FORNECEDORES DE BOA QUALIDADE
Outro erro que sempre deve ser evitado é utilizar produtos que não tenham uma boa reputação no mercado.
É possível encontrar diferentes colorações, assim como opções concentradas ou prontas para uso. Como ressaltamos aqui, eles são essenciais para controlar a temperatura do veículo e manter tudo funcionando bem.